Luta incessante pelos direitos dos Servidores Aposentados será vitoriosa. Estamos juntos nessa!
Terminei de ler o livro “Breve História da Civilização”. Na obra, eu encontrei um exemplo incrível para explicar esse fenômeno evolucionista e vou compartilhar com vocês. Certa vez, uma estudante perguntou à antropóloga Margaret Mead: “Qual é o primeiro sinal de civilização?”. A aluna esperava como resposta um pote de barro, uma pedra de amolar ou talvez uma arma. Margaret pensou por um momento, depois disse: “Um fêmur curado”.
O fêmur é o osso mais longo do corpo, ligando o quadril ao joelho. Em sociedades sem os benefícios da medicina moderna, leva cerca de seis semanas de descanso para a cicatrização de um fêmur fraturado. Um fêmur curado mostra que alguém cuidou da pessoa ferida e ofereceu proteção física e companhia até a lesão ser sanada. É isso. O primeiro sinal de civilização é a compaixão, vista através de um fêmur curado.
ANALOGIA
Estive recentemente na Tribuna Livre da Câmara Municipal. Oportunidade na qual pude expressar alguns dos anseios da entidade sindical em prol da categoria. Levamos até os vereadores às demandas dos Servidores aposentados, um público infelizmente abandonado pela Administração Municipal. Foi mais triste ainda ver um desânimo por parte dos parlamentares ao não enxergarem o quanto podem nos ajudar na luta.
E por que eu fiz essa analogia ao livro antes de chegar à Câmara? Foi justamente pela falta de compaixão identificada na Prefeitura e, lamentavelmente, também em alguns vereadores. Paulínia tem capacidade de cuidar melhor de seus Aposentados. São pessoas que vivem exclusivamente da renda advinda do benefício conquistado após anos de trabalho. Mas, em vez de termos avanços, só encontramos portas fechadas.
É PRECISO AGIR
Enquanto dirigente sindical me recuso a ficar de braços cruzados mediante a situação. Devemos nos colocar no lugar do outro e a luta é de todos, afinal de contas cedo ou tarde chegará o momento de também nos aposentarmos. Se as injustiças permanecerem teremos prejuízos e dificuldades em um futuro não tão distante.
Convoco o funcionalismo a apoiar o movimento em prol dos Servidores inativos. Continuaremos nossa pressão nos vereadores, prefeito Du Cazellato e secretários. Não descansaremos enquanto não prevalecer a compaixão e justiça nos atos do Governo. É um compromisso que assumo e não abrirei mão, jamais.
Rodrigo Jacquet é presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paulínia (STSPMP)