Acionamos MPT para exigir pagamento do adicional de insalubridade devido pelo município aos Servidores
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Há muito tempo, os Servidores de Paulínia enfrentam erros no pagamento do adicional de insalubridade, ou sequer o recebem. Trabalhadores da Saúde estão expostos à riscos biológicos diariamente, e a pandemia da Covid-19 só evidenciou esse risco. Além da possibilidade de contaminação por microrganismos altamente contagiosos, também há riscos ergonômicos e físicos a serem avaliados no tangente ao labor insalubre. Por isso, apresentamos a situação ao Ministério Público do Trabalho (MPT) através de denúncia formal – NF 001981.2021.15.000/9.
Informamos ao órgão também o fato de existirem casos, por exemplo no laboratório do Hospital Municipal de Paulínia (HMP), em que um trabalhador recebe o adicional e seu colega do lado não. Um verdadeiro absurdo! Tal situação ocorre tanto e principalmente no HMP, quanto nas Unidades Básicas de Saúde municipais.
TRECHO DA DENÚNCIA NO MPT
Há de se atentar que esses funcionários fazem o atendimento primário aos pacientes que buscam atendimento, ficando expostos à diversos agentes biológicos patógenos, dentre outras atividades de exposição a saúde física apresentada mais adiante.
Importante salientar que por um período o adicional de insalubridade foi pago normalmente aos servidores da saúde, principalmente no hospital municipal de Paulínia, entretanto, sem qualquer motivo a prefeitura retirou esse direito dos Servidores.
REGULARIZAÇÃO
O Sindicato se preocupa com a regularização da insalubridade aos Servidores expostos, trazendo opções jurídicas para a solução de cada caso, haja visto que até hoje a Prefeitura não se prontificou em regularizar essa questão na esfera administrativa.
O adicional é dividido em três graus: 10% (mínimo); 20% (médio); e 40% (máximo). E este percentual deve ser pago em regra geral com base no salário mínimo, porém, nosso município possui leis próprias (1.295/90 e 1401/91) que disciplinam de forma diversa este pagamento (isso é positivo, porque o valor é maior do que aquele extraído do salário mínimo).
EXEMPLOS DE IRREGULARIDADES
Identificamos três situações distintas envolvendo o pagamento do adicional de insalubridade. Vamos a elas:
1) O primeiro caso ocorre quando o Servidor já recebe o adicional de insalubridade, mas por conta do ambiente de trabalho e exposição aos agentes nocivos à saúde, este percentual não está correto;
2) O segundo caso se dá quando o Servidor não recebe nenhum valor a título de adicional ou recebia e foi cortado. Exemplo: labora em ambiente insalubre mas não recebe a insalubridade em nenhum percentual;
3) Em um terceiro momento, apuramos: em razão das Leis Municipais n.º 1.295/90 e 1.401/91 que disciplinam sobre o pagamento do adicional, utilizam ainda nos dias de hoje como parâmetro a extinta moeda “cruzeiro”, sem que se tenha atualizado aos salários.
O Sindicato coloca-se à disposição para apoiá-los nestes casos através do Jurídico. Sindicalize-se e faça parte da nossa ação coletiva! Juntos somos mais fortes e combativos!