STSPMP denuncia desrespeito na Câmara de Paulínia e reafirma luta por negociação justa

Na sessão da Câmara de Paulínia desta terça, 21 de maio, os vereadores aprovaram os Projetos de Lei nº 51 e 52. O texto prevê reajuste salarial de 5,08% (atrelado ao IPCA) e aumento de R$ 300 no vale-refeição, elevando o benefício para R$ 800. Apesar dos números, a decisão é amarga: as demandas aprovadas em assembleia pelos Servidores – como aumento real de 18% e 28 pautas setoriais não econômicas – continuam sendo ignoradas. Enquanto os trabalhadores erguiam cartazes com “Negociação Já!”, vereadores nos acusavam de “tumultuar”, deslegitimando a luta por direitos.
O desrespeito institucional marcou o debate. Mesmo diante dos apelos da categoria, os parlamentares minimizaram as reivindicações. O presidente da Câmara interrompeu a sessão por 15 minutos, na esperança de silenciar os protestos, mas a mobilização persistiu. Ao final, os projetos foram aprovados sem diálogo, reforçando a postura intransigente do Legislativo.
PRÓXIMOS PASSOS
Após a sessão frustrante, os Servidores retomaram à assembleia do STSPMP e definiram estratégias de resistência. Nos próximos 10 dias, o Sindicato intensificará a conscientização da base sobre os impactos da não negociação — especialmente para aposentados, também prejudicados pela falta de diálogo. Além disso, o Jurídico atualizou sobre a mediação com o Ministério Público do Trabalho (MPT): a Prefeitura descumpriu o prazo de 16 de maio para apresentar propostas, o que foi formalmente denunciado.
SEGREGAÇÃO E JUDICIALIZAÇÃO
Outro ponto crítico é o projeto de Segregação de Massas. A apresentação técnica pela FIPE e RH da Prefeitura foi considerada insuficiente pelos Servidores, que exigem transparência. A pauta será revisitada na próxima assembleia geral, marcada para 2 de junho, às 18 horas, quando também serão debatidos os rumos da data-base e a pressão por avanços nas negociações.
O STSPMP agradece o apoio essencial de entidades como os Sindicatos de Sumaré, Monte Mor, Araras, Limeira e da FETAN, cuja presidenta, Nicinha, esteve presente no ato.
“Não estamos sozinhos. A união das categorias públicas é nossa força contra o descaso. Enquanto a Prefeitura e a Câmara insistirem em surdos ouvidos, a resposta será mais mobilização. A luta segue – porque respeito não se pede, se conquista!”, pontua nosso secretário-geral Rodrigo Macelari.
Veja o que já foi feito:
24/3 – Assembleia geral aprovou a pauta de reivindicações da categoria;
28/3 – A pauta foi oficialmente entregue à Secretaria de Recursos Humanos;
9/4 – Foi protocolado pedido de apoio à Câmara Municipal;
11/4 – Lançado o informativo “Coletivo”, com ampla divulgação à rede;
15/4 – Reunião com a Comissão de Servidores da Câmara para reforçar o pedido de diálogo;
16/4 – Nova assembleia discutiu a falta de resposta do Executivo;
28/4 – Dirigentes sindicais abordaram o prefeito diretamente. Ele alegou “falta de agenda”;
29/4 – Ação no MPT pedindo para mediar nossa negociação;
6/5 – Utilização da Tribuna da Câmara dos Vereadores para falar sobre nossa data-base;
9/5 – foi a Audiência com o MPT às 9h30 onde ficou acertado que até dia 16/05 a Prefeitura terá que informar a data ao Sindicato da reunião de negociação que deverá ser no máximo até dia 30/05 .
️ 13/5 – Servidores na Câmara Municipal mostram a nossa insatisfação
️ 21/5 – STSPMP denuncia desrespeito na Câmara de Paulínia e reafirma luta por negociação justa