“Servidores, na rua, prefeito a culpa é sua!” | Funcionalismo de Paulínia paralisa atividades em protesto por diálogo
A Administração de Paulínia foi confrontada nesta terça, 11 de novembro, com um significativo silêncio nos corredores dos prédios públicos. Os Servidores públicos, atendendo à convocação do STSPMP, cruzaram os braços em paralisação. O movimento, deliberado em assembleia, representa uma resposta direta à intransigência do prefeito Danilo Barros, que se recusa a receber os trabalhadores para debater o futuro do Plano de Carreiras, afetando tanto o Quadro Geral, quanto a Guarda Municipal e o Magistério.




A recusa do diálogo por parte do Executivo foi o combustível para uma jornada intensa de manifestações. Determinados a não aceitar um projeto arbitrário, considerado contrário aos anseios da categoria, os Servidores saíram às ruas para exibir publicamente seu descontentamento. Com faixas, cartazes e carros de som, um expressivo número de trabalhadores percorreu a cidade, tendo a Igreja São Bento como ponto de partida, às oito da manhã, ecoando palavras de ordem que ilustravam a firmeza de suas reivindicações.



A mobilização, no entanto, começou ainda mais cedo. Diretores do Sindicato iniciaram suas atividades às sete horas, panfletando em pontos estratégicos para elucidar a população sobre os motivos da paralisação. Esse esforço de comunicação foi replicado pelos próprios trabalhadores em suas unidades de origem, reconhecendo a importância fundamental de conquistar a compreensão e o apoio dos munícipes, principais impactados pela interrupção dos serviços.






Na parte da tarde, a estratégia de conscientização foi ampliada com uma nova onda de distribuição de panfletos, abrangendo todos os quadrantes do município. O ápice do dia de protestos, porém, ocorreu às 17 horas, quando a mobilização convergiu para as escadarias da Câmara Municipal. O objetivo era claro: angariar o apoio dos vereadores contra o que classificam como um desmando da atual gestão.








Com faixas erguidas e cartazes que traduziam a indignação da categoria, os servidores realizaram uma concentração maciça e vigorosa. O ato simbolizou um apelo ao Poder Legislativo para que atue como mediador e fiscal, cobrando da prefeitura a abertura de um canal de negociação sério e respeitoso, essencial para a resolução do impasse.



Ao final do dia, o secretário-geral do STSPMP, Rodrigo Macelari, resumiu o sentimento da categoria:
“Hoje escrevemos um capítulo importante na luta pelos direitos dos trabalhadores públicos de Paulínia. Nossa voz não será ignorada. A Administração precisa entender que impor um Plano de Carreira sem ouvir aqueles que constroem esta cidade diariamente é um equívoco gravíssimo. Estamos unidos e seguiremos firmes até que a mesa de negociação seja aberta, com respeito e disposição para um acordo justo. A mobilização de hoje é apenas o início.”








